O
líder quilombola Teodoro Lalor de Lima, conhecido como senhor Lalor, presidente
da Associação dos Remanescentes de Quilombo de Gurupá, no município de
Cachoeira do Arari, no Marajó, foi assassinado na manhã desta segunda-feira
(19), em Belém. O crime aconteceu quando Lalor desembarcava para uma reunião na
capital paraense de organizações quilombolas do Pará. Ainda não há informações
sobre a forma em que foi assassinado.
No
último dia 13, o presidente denunciou, durante uma audiência pública promovida
pelo Ministério Público Federal (MPF-PA) e Ministério Público do Estado, em
Cachoeira do Arari, a perseguição de fazendeiros da região à comunidade
quilombola. Ele disse ainda que ficou preso por dois meses sem acusação formal,
a mando de fazendeiros que se sentem prejudicados pela demarcação das terras
quilombolas.
Entre
as denúncias feitas pelo líder quilombola, está também que crianças da
comunidade estavam sendo presas por colher açaí em áreas quilombolas.
NOTA
De
acordo com informações da nota enviada pelo Colegiado de Desenvolvimento
Territorial do Marajó (Codetem), Diocese de Ponta de Pedras e Instituto
Peabiru, na noite desta segunda-feira (19), o Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) entregou à Comunidade de Gurupá o Relatório Técnico
de Identificação e Delimitação (RTID).
A
nota afirma que representantes visitaram o quilombo, no último dia 14, para
saber a situação em que vivem os mais de 700 moradores. Eles afirmam que a
comunidade está alarmada e pede ajuda do Ministério Público para que os
direitos da população não sejam cerceados e que haja proteção das pessoas que
fazem denúncias de discriminação e opressão.
Fonte:
MOL/DOL com informações do Instituto Peabiru
Nenhum comentário:
Postar um comentário